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sábado, 31 de outubro de 2009

Qual o significado das iniciais dos modelos dos carros?

Entenda as siglas que são utilizadas nos modelos dos veículos que vemos serem lançados a todo momento.

Há diversas iniciais para designar os modelos dos veículos e algumas montadoras possuem seus próprios critérios para definição destas siglas, contudo segue abaixo uma lista das nomenclaturas mais populares:

CD - Confort Diamond
CL - Comfort Luxe
CLI - Comfort Luxe Injection
CS - Comfort Super
CSL - Comfort Super Luxe
DLX - Comfort Diamond De Luxe
EFI - Electronic Fuel Injection, ou injeção eletrônica de combustível
ELX - Electronic Luxe Extra
EX - "E" significa Econômico "X" quer dizer Confort Line (itens extras de conforto)
GHIA - é o nome de um Estúdio de Design na Itália... Hoje este estúdio pertence à Ford que adotou a sigla como sendo a definição para as versões mais equipadas de seus carros. Esse Ghia também é o mesmo do Karmann Ghia, aquele carrinho bonitinho. Ele foi desenvolvido pelos estudios Karmann e pelo Ghia, num trabalho em conjunto.
GLI - Gran Luxe Inejction
GLS - Gran Luxo Super
GLX - Gran Luxo Extra
GSi - Gran Super Injection
GT - Gran Turismo
GTI - Gran Turismo Injection
GTS - Gran Turismo Sport
GTS-R - Gran Turismo Sport Racing
GTR - Gran Turismo Racing
HGT - High Grand Tourism
HLX - High Luxury
HPE - High Performance Estate ... mesmo da Mitsubishi 1200.
L - Luxo
LS - Luxo Super
LDO - Luxury Decor Option
MPFI - Multipoint Fuel Injection, ou injeção eletrônica multiponto de combustível
MPI - Multipoint Injection
S - Super
SFI - Sequencial Fuel Injection!
SLX - Super Luxo
SUV - Sport Utility Vehicle
SW - Station Wagon
VHC - Very High Compression
XR3 - Xperimental Research 3
DX = Deluxe (entenda-se modelo popular – básico e barato)
LX = Luxury
EX = Extended Luxury
LE = Luxury Edition
CE = Cheap Edition (entenda-se modelo popular – básico e barato)
SE = Sport Edition
SE = Special Edition
ES = Euro Sport
GT = Grand Turing
GTU = Grand Turing Under 3.0 liters
GTUs = Grand Turing Under 3.0 liters Sport
GTO = Grand Turning Over 3.0 Liters
GTO = Gran Turismo Omologato
GTI = Grand Turing Injection
GL = Grand Luxury
GXL = Grand Xtra luxury
GS = Grand Sport
ST = Sport Turing
RX-7 = Rotary powered eXperimental model # 7
RS = Rally Sport
Z = Zigma (última letra do alfabeto, portanto o ultimo = o melhor)
ZX = Zigma 10 (X = 10 em romanos)
Si = Sport Injection
SL = Sport Luxury
S = Sedan or Sport
SS = Super Sport
SC = Super Charged or Sport Coupe
LS = Luxury Sedan/ Luxury Sport
GS = Gt Sedan
IS = Import Sedan
SLK = Sport Luxury Kompactt (compact)
I = Injection
C = Convertible or Coupe or Compact
CXi = Coupe with 4wheel drive and Injection
AWD = All the time, all Wheel Drive
4WD = Part time 4 wheel drive

Há algumas exceções para as siglas desta lista. Por exemplo, no caso da BMW, iS nunca é utilizado para definer Sedan, a montadora usa iS para indicar injection sport (coupe) e eS para indicar eta (economy engine) sport (coupe). Desta forma, a sigla 325eS define um Sport Coupe com um motor de combustão econômico (eta engine) e uma nomenclatura 325iS significa um Sport Coupe com injeção. Há ainda algumas exceções, por exemplo, 325i é uma BMW série 3 4-portas e 325iS é uma BMW série 3 2-portas. BMW usa X para indicar AWD, assim 330Xi significa a 3 series 4-portas com um motor de 3.0 L, 6 cilindros e AWD (all-wheel drive = Tração nas 4 rodas continuamente). O primeiro número define a série (série 3, série 5, série 7, série 8, série Z, série M = MotorSport, etc.), sendo que os próximos dois números geralmente indicam o tamanho do motor de combustão (Litros), conforme o exemplo abaixo:

BMW 325i

3 – Série 3
25 – Motor 2.5 Litros
i – Com Injeção

No caso dos carros 540i e 740i há uma exceção. Ambos possuem motores 4.4 L, mas eles mantiveram a designação 540 e740. BMW tem corrigido isto desde 2002. A BMW também não utiliza mais a letra L para indicar Luxury, ela usa esta letra para designar a distância entre eixos (long wheel base). Desta forma a BMW 750iL é algumas polegadas maior do que a 750i. O mesmo ocorre com a 735i e a 735iL.



Diversas montadoras possuem significados diferentes para as mesmas siglas ou para algumas siglas populares. Alguns exemplos:

Dodge, Chrysler
SRT -> Street and Racing technology
R/T -> Road and Track

Nissan
GT-R -> Gran Turismo Racer
V-Spec -> Victory Specification

Subaru
WRX -> World Rally Cross
STI -> Subaru Tecnica International

Lamborghini
VT -> Viscous Traction
SV -> Sport Veloce

Renault
RL -> Ranking Low
RN -> Ranking Normal
RT -> Ranking Top
RXE -> Ranking Extra


Outras siglas interessantes:

4×4 - Representação numérica do tipo de tração do veículo, em que as quatro rodas são motrizes.

4WD - Four Wheel Drive, carros com tração nas quatro rodas.

AWD - All Wheel Drive, identifica os carros equipados com tração integral nas quatro rodas.

Cauda Kamm - Desenho de carroceria alusivo ao aerodinamicista alemão Wunibald Kamm, que concebeu o corte abrupto na traseira, com o objetivo de criar um conjunto perfeitamente aerodinâmico.

OHV — Over Head Valve (Válvulas no cabeçote): Nesse sistema as válvulas tem o eixo de comando montado diretamente no bloco do motor. É o menos eficiente, pois sua concepção não permite altas rotações e necessita de regulagens constantes. Foi aposentado nos motores à gasolina, mas ainda é utilizado nos motores diesel.

SOHC — Single Over Head Camshaft (Árvore única de comando de válvulas): aqui as válvulas são montadas no cabeçote, direcionando a aspiração de ar para um lado e o escape de gases para outro. É mais silencioso que seu antecessor e dispensa regulagens freqüentes. É o sistema encontrado em carros como o Corsa, o Gol e o Palio, com motores de oito válvulas.

DOHC — Double Over Head Camshaft (Eixo duplo de comando de válvulas): seu funcionamento é parecido com o SOHC. A diferença são os dois eixos de comando independentes para admissão e escape, proporcionando o máximo de rendimento da queima e permitindo rotações mais altas. Isso se traduz em melhor desempenho. É utilizado em veículos com motor mais potente, ou com mais de duas válvulas por cilindro, como o Audi A8 e o Gol Turbo 1.0 16V.

Kompressor - Compressor (carros equipados com compressor para encher os cilindros com pressão superior à atmosférica).

SULEV - Super Ultra Low Emissions Vehicle (veículo de emissões superultrabaixas).
Supercharger - Superalimentado (carros com enchimento dos cilindros com pressão superior à atmosférica).


Por Rogério Câmara
Coordenador da Engenharia da Qualidade e Desenvolvimento de Produto
Professor de Graduação em Gestão da Qualidade e Administração da Produção
Consultor em Técnicas de Engenharia, Qualidade, Marketing e Meio Ambiente

Rogerio Camara Pereira | Contato

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ecomarketing: tendência ou modismo?

O Composto Mercadológico, ou Mix de Marketing é um conceito muito aceito e utilizado nos dias de hoje e pode ser definido como sendo a combinação de elementos variáveis que compõe as atividades de Marketing. O que poucos sabem é que todo o conceito se baseia nos estudos de Neil Borden, que foi quem utilizou esta terminologia pela primeira em 1949. O próprio Borden deixa claro em sua obra que o termo surgiu em sua mente a partir de suas leituras sobre os estudos de outro autor da época chamado James Culliton. James costumava chamar os executivos de mixers, devido ao fato destes terem com função misturar diversos “ingredientes” na busca por resultados.

A teoria de Borden foi aperfeiçoada por Jerome McCarthy (professor da Universidade de Michigan) em seu livro Basic Marketing (1960) e definiu o conjunto de elementos-chave aos quais as organizações deveriam manter-se atentas para que pudessem alcançar seus objetivos estratégicos de marketing. Estes elementos reunidos passaram a ser chamados de “quatro pés” (4Ps), sendo eles:

1. Product (Produto);
2. Price (Preço);
3. Promotion (Promoção);
4. Place (Praça).

Obs.: Promoção pode ser traduzida como Divulgação, visto que tem o sentido de promover, divulgar, por exemplo. É importante não confundir com promoção com sentido de liquidação de vendas. Sendo o composto mercadológico conhecido internacionalmente como “Os 4 Ps do Marketing”, diversos países procuraram traduzi-los para o seu idioma nativo fazendo uso de palavras que mantivessem a grafia iniciada por “P”. Dessa forma “Promotion” pode em português induzir ao erro de ser entendido como Promoção de vendas.

Cada um dos 4Ps engloba uma séries de sub-itens que o formam e devem ser cuidadosamente observados durante o Planejamento de Marketing. Alguns exemplos seguem no quadro abaixo:



Philip Kotler, um dos grandes nomes do Marketing da atualidade e mundialmente reconhecido, define o Composto Mercadológico como “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado alvo”.

Ocorre que estamos em um momento de profundas mudanças nos hábitos de consumo dos mercados alvo, onde a preocupação com a natureza é uma realidade. A busca por produtos ecologicamente corretos fornecidos por companhias que respeitam o meio ambiente está se tornando uma prática comum da sociedade. Preocupadas com sua imagem no mercado, muitas organizações passaram a refletir sobre a sua postura, revendo processos e tentando associar suas marcas às questões ambientais, visando alcançar (no mínimo) a simpatia dos consumidores. Neste cenário têm surgido as ações de marketing conhecidas como Marketing Ambiental. Contudo o Marketing Ambiental tem se mostrado muito mais uma série de ações planejadas de Propaganda e Publicidade para convencer o público-alvo de que as empresas estão preocupadas com as questões ambientais, quando na realidade elas estão focando diretamente o aumento dos índices de vendas ou das margens de lucro. Por outro lado, outras organizações chegam ao absurdo de divulgarem que cumprem as legislações ambientais vigentes como se isso fosse um diferencial, sendo que cumprir as leis é obrigatório para que elas possam permanecer em operação.

A Certificação ISO 14001 também tem sido explorada de forma questionável por algumas empresas de modo que esta situação levou os órgãos certificadores a adotar políticas de restrições ao uso e divulgação da certificação. Prova disso é o fato de que a certificação não deve ser vinculada ao produto, pois a Norma ISO 14001 certifica a empresa e seus processos de gestão ambiental, e não seus produtos.

Diferente do Marketing Ambiental, o Ecomarketing (também chamado de Marketing Verde ou Green Marketing) é um conceito muito mais amplo e complexo que coloca a preocupação com a natureza em cada etapa do processo de planejamento e desenvolvimento de novos produtos para atendimento das necessidades do mercado, elevando a conscientização ecológica em todos os níveis hierárquicos da organização. Isto ocorre porque o Ecomarketing traz uma filosofia totalmente diferente e realmente voltada para a preservação do meio ambiente. Dentro desta metodologia, todo o processo de marketing é abrangido, desde a concepção do produto, passando pela seleção de fornecedores e processos de manufatura, até a entrega do produto final ao cliente. Além disso, esta metodologia prega a preservação do planeta como uma necessidade básica do mercado alvo e que deve ser atendida, não simplesmente para a satisfação dos consumidores, mas principalmente para a manutenção e sustentabilidade do próprio mercado.



Abaixo segue uma amostra do uso do Ecomarketing em cada um dos elementos do Composto Mercadológico:



Fica nítido que trabalhar a questão ambiental dentro dos conceitos de marketing vai muito além de implantação de projetos de reflorestamento ou qualquer outro tipo de ação reativa. As organizações não podem utilizar ações isoladas de preservação e dizer que realizam Ecomarketing. O principal conceito aqui é uma visão holística do modelo de negócio da empresa em relação ao meio ambiente, sendo que as iniciativas de preservação se iniciam desde a idéia inicial do produto.



Todo o conceito da filosofia 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) está inserida dentro do Ecomarketing.

- Reduzir o consumo de recursos naturais;
- Reutilizar ao máximo possível os materiais já manufaturados ou dar uma nova utilidade e eles;
- Reciclar os materiais para que sirvam de matéria-prima para a fabricação de novos produtos.

Dada a situação atual do planeta e o novo perfil dos atuais e futuros consumidores, podemos afirmar que a preocupação com a natureza não se trata de uma tendência, e tão pouco modismo, mas de uma questão de sobrevivência. Da mesma forma que Qualidade deixou de ser um diferencial para as empresas, tornando-se uma obrigação, visto que o mínimo que os consumidores esperam de um produto é que tenha qualidade, a questão ecológica parece seguir o mesmo caminho. Portanto, os dirigentes das organizações terão que acordar para esta nova realidade e mudar radicalmente seus hábitos e sua postura, alinhando-se às novas exigências do mercado, pois o consumidor está a cada dia mais atento e já sabe diferenciar as empresas que “fingem” proteger o meio ambiente daquelas que realmente estão trabalhando para que tenhamos um lugar melhor para as futuras gerações.

Por Rogério Câmara
Coordenador da Engenharia da Qualidade e Desenvolvimento de Produto
Professor de Graduação em Gestão da Qualidade e Administração da Produção
Consultor em Técnicas de Engenharia, Qualidade, Marketing e Meio Ambiente

Rogerio Camara Pereira | Contato

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Carro Anfíbio já é uma realidade.





Este é Aquada, um carro anfíbio que promete superar os obstáculos que seus antecessores não conseguirão transpor. Com um conceito inovador e algumas idéias atualizadas com as novas tecnologias disponíveis, o veículo possui um fututo promissor. Talvez não seja um carro que veremos rodando pelas ruas normalmente, porém há alguns nichos de mercado que este modelo pode facilmente atender as necessidades. Não seria dificil de imaginar veículos anfíbios sendo utilizados, por exemplo, pelo Corpo de Bombeiros em situações envolvendo emergências causadas por enchentes, alagamentos e resgates em rios, lagos e na orla marítima.



O trabalho efetuado pela Gibbs é impressionante e o site merece uma visita (http://www.gibbstech.co.uk/aquada_channel.php).



Mais de 60 patentes foram desenvolvidas e registradas relacionadas à tecnologia HSA (High Speed Amphibian - Anfíbio de Alta Velocidade) que proporcionou à Gibbs conhecimentos específicos nas seguintes àreas, por exemplo:

Hidrodinâmica
Suspensão Retrátil
Tecnologia de Jato de Água
Vedação e Durabilidade de componentes e sistemas
Refrigeração
Separação de Água
Ergonomia
Validação de Projeto
Design







Toda esta tecnologia está dividida basicamente nos seguintes elementos:

- Estrutura
- Chassis
- Transmissão
- Aplicação Marítima
- Sistemas elétricos e eletrônicos
- Propriedade Intelectual (marcas e patentes)

Há ainda a possibilidade de uso militar para a tecnologia HSA, sendo que neste caso a Gibbs traz o modelo Humdinga.



O futuro parece muito promissor com a preocupação cada vez maior com o meio ambiente, investimentos em carros elétricos nunca vistos antes, tecnologias limpas, ecodesign, entre outros avanços. Neste sentido, talvez não seja impossível pensarmos no uso de carros anfíbios como uma alternativa para uso de hidrovias, desafogando o trânsito de grandes cidades como São Paulo, onde se poderia ter uma parcela dos veículos navegando pelo Rio Tietê, por exemplo. Por outro lado, isso reforçaria a necessidade de zelar pela preservação dos rios por parte da autoridades competentes, visto que a não preservação impactaria diretamente na impossibilidade de navegação dos veículos. Um cenário repleto de inovações e uma infinidade de possibilidades se abre à nossa frente.

Por Rogério Câmara
Coordenador da Engenharia da Qualidade e Desenvolvimento de Produto
Professor de Graduação em Gestão da Qualidade e Administração da Produção
Consultor em Técnicas de Engenharia, Qualidade, Marketing e Meio Ambiente

Rogerio Camara Pereira | Contato

domingo, 25 de outubro de 2009

O motor 1.8 da GM está a um passo de deixar de ser utilizado para equipar os veículos Fiat.


Depois que a “união” entre GM e Fiat foi desfeita, a montadora italiana se viu obrigada a buscar uma alternativa para equipar seus veículos. Levou algum tempo, mas uma solução foi encontrada.

Em 12/03/08 foi anunciado em Curitiba por Franco Ciranni, Diretor da Fiat Powertrain Technologies, o acordo firmado entre Fiat e Chrysler nos Estados Unidos que resultou na compra da Tritec Motors, localizada na região metropolitana de Curitiba, mais precisamente em Campo Largo.

A Tritec, que havia parado sua produção de motores de combustão em 2007 pouco antes do fim da “união” em outras duas montadoras. Ela tinha sido criada nos anos 90, em parceria com a BMW e Chrysler, mas as coisas ficaram conturbadas quando a Chrysler foi comprada pela Mercedes-Benz, rival da BMW. Funcionários foram demitidos e aproximadamente 80 deles permaneceram basicamente efetuando atividades de manutenção.

A fábrica que se originou justamente de uma joint-venture entre estas duas montadoras, possui capacidade de produzir cerca de 400 mil motores/ano e está sendo reativada pela Fiat com previsão de início da produção no primeiro semestre de 2010.

"Nesta nova fase, as pessoas que saíram e quiserem voltar serão recontratadas prioritariamente", garantiu Ciranni. Todos os funcionários deverão passar por um treinamento prévio antes de iniciar suas funções. A fábrica terá 500 empregados diretos e 1,5 mil indiretos, sendo que receberá cerca de R$ 250 milhões em investimentos. É previsto ainda um faturamento de R$ 1,2 bilhões/ano, com geração de R$ 150 milhões de impostos.

Mas não é somente a captação de recursos humanos a única preocupação da Fiat neste momento. Desde abril de 2008, a FPT (Fiat Powertrain Technologies) começou a integrar departamentos com a Tritec. No fim do ano passado o plano era ter o maquinário totalmente operante e que no meio de 2009 a produção estivesse sendo feita em larga escala.
Contudo, os motores Tritec só funcionavam com gasolina. E é gasolina pura, não a nossa, misturada com álcool, pois os motores que eram feitos lá equipavam modelos da BMW, da MINI, o Chrysler PT Cruiser, por exemplo, e até então eram apenas dois modelos: 1.4 de 16 válvulas e 75 cavalos e 1.6 de 16 válvulas e 90 ou 115 cavalos. Foi também feito um 1.6 com supercharger de 163 cavalos, mas que foi abandonado. Desta forma, eles tiveram de ser adaptados para o uso Flex.
Como o motor 1.8 da GM continua sendo utilizado para equipar alguns modelos da Fiat, uma variação 1.8 de 16 válvulas estava sendo desenvolvida justamente para eliminar essa dependência que hoje a Fiat ainda mantém com a ex-parceira.
A montadora italiana chegou ao topo do ranking de vendas no Brasil há três anos, e também quer ser líder no setor de motor e câmbio, passando a VW. Passar a empresa alemã neste sentido não será tarefa fácil!
O primeiro passo nesse passo foi dado com o compra da Tritec, porém esta será a quarta fábrica de motores e transmissões da Fiat na América do Sul - há uma em Betim (MG), outra em Sete Lagoas (MG) e uma terceira em Córdoba, na Argentina. "Queremos nos transformar na primeira fábrica de motores da América do Sul até 2010, com a produção de 1,3 milhões de unidades", afirmou Ciranni.

Esta será a quarta fábrica de motores e transmissões da Fiat na América do Sul - há uma em Betim (MG), outra em Sete Lagoas (MG) e uma terceira em Córdoba, na Argentina. "Queremos nos transformar na primeira fábrica de motores da América do Sul até 2010, com a produção de 1,3 milhões de unidades", afirmou Ciranni. Segundo ele, a fábrica paranaense terá os motores destinados ao mercado interno e externo. "Vai atender a Fiat, mas também outros clientes", salientou. Ciranni disse que dará continuidade aos motores para BMW, que já eram produzidos na Tritec, e introduzirá novas famílias nas versões gasolina e flex.

Por Rogério Câmara
Coordenador da Engenharia da Qualidade e Desenvolvimento de Produto
Professor de Graduação em Gestão da Qualidade e Administração da Produção
Consultor em Técnicas de Engenharia, Qualidade, Marketing e Meio Ambiente

Rogerio Camara Pereira | Contato